SECÇÃO: Opinião |
Beldroegas & CompanhiaFérias, Algarve, varanda, que está muito calor. Mas o mar está logo ali em frente. Jantar de reunião familiar Acontece que nesta família somos todos algarvios (bem, o meu avô paterno veio do Norte, mas, como é da lei da vida, já não está entre nós quanto ao resto, ou somos nascidos no Algarve, ou filhos e netos de algarvios de coração somo-lo todos!). Há pouco tempo, porém, entrou para o clãum forasteiro, vindo do Vale do Vouga, região fina, fresca e formosa. Pois não é que eu servi sopa de beldroegas? Lá veio a piada: - Quando ouvi dizer que cá comiam beldroegas, fiquei muito admirado. Na minha terra isso é erva selvagem, nasce entre pedras, até pelos passeios -Por cá também. Só que no Sul não esquecer os vizinhos Alentejanos - nós fazemos como os primeiros recolectores: se os animais comem eles é que sabem! E os pardais gostam destas ervas da calçada. Quem se pode gabar de ter gosto mais requintado do que as aves? Reparem como debicam a melhor fruta! Os pássaros escolhem sempre o que de melhor a terra dá. Ainda bem que nós, os do Sul, desde longínquos tempos, soubemos ver e experimentar! A sopa estava um manjar precioso. Era receita da Avó Beatriz (a minha Avó, porque Avó Beatriz, agora, sou eu ). Depois, carapaus alimados (ou, melhor, charrinhos limados, para ser mais fiel ). E figos e uvas, melancia, pêssegos e ameixas de todas as cores. Como é pródiga de sabores, cheiros e cores a Mãe Natureza! Tudo nosso, pois claro. O peixe, da nossa costa, e o resto comprado aos produtores que vêm, ao sábado, ao Mercado Municipal. Eu avisei: portugalidade? Desta vez, no prato. Por: Maria Beatriz Franco |
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