SECÇÃO: Opinião |
Beldroegas & CompanhiaFérias, Algarve, varanda, que está muito calor. Mas o mar está logo ali em frente. Jantar de reunião familiar… Acontece que nesta família somos todos algarvios (bem, o meu avô paterno veio do Norte, mas, como é da lei da vida, já não está entre nós… quanto ao resto, ou somos nascidos no Algarve, ou filhos e netos de algarvios… de coração somo-lo todos!). Há pouco tempo, porém, entrou para o “clã”um “forasteiro”, vindo do Vale do Vouga, região fina, fresca e formosa. Pois não é que eu servi sopa de beldroegas? Lá veio a piada: - Quando ouvi dizer que cá comiam beldroegas, fiquei muito admirado. Na minha terra “isso” é erva selvagem, nasce entre pedras, até pelos passeios… -Por cá também. Só que no Sul – não esquecer os vizinhos Alentejanos…- nós fazemos como os primeiros recolectores: se os animais comem…eles é que sabem! E os pardais gostam destas ervas da calçada. Quem se pode gabar de ter gosto mais requintado do que as aves? Reparem como debicam a melhor fruta! Os pássaros escolhem sempre o que de melhor a terra dá. Ainda bem que nós, os do Sul, desde longínquos tempos, soubemos ver e… experimentar! A sopa estava um manjar precioso. Era receita da Avó Beatriz (a minha Avó, porque Avó Beatriz, agora, sou eu…). Depois, carapaus alimados (ou, melhor, charrinhos limados, para ser mais fiel…). E figos e uvas, melancia, pêssegos e ameixas de todas as cores. Como é pródiga de sabores, cheiros e cores a Mãe Natureza! Tudo nosso, pois claro. O peixe, da nossa costa, e o resto comprado aos produtores que vêm, ao sábado, ao Mercado Municipal. Eu avisei: “portugalidade”? Desta vez, no prato. Por: Maria Beatriz Franco |
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