SECÇÃO: Sociedade

VIII Festival de Grupos Corais em mês de cultura

O público que esteve em bom número no salão da sede aplaudiu as actuações dos grupos participantes, sendo o primeiro o que veio do Vale da Pinta, que além de outras secções tem uma banda de música com 88 anos e uma orquestra juvenil.

Sob a direcção do maestro Nuno Mesquita, o grupo com cerca de 130 elementos interpretou “Can´t help falling in love” de Elvis Presley, “Canção de Embalar”, de Zeca Afonso, “Balada de Outono”, do mesmo autor, “O Você Galo Comadre”, de Miguel Groba e duas excelentes peças de Verdi, Nabuco” e “Lombardi”.

Com um menor número de coralistas mas de elevada qualidade, o Grupo Coral Trítono, de Évora, dirigido por Octávio Martins que além da orientação canta como baixo, ele que tem o curso superior de acordeão da Academia Vitorino Matono.

Começou por interpretar duas canções populares “Se fores ao Alentejo” e “Na aldeia de Amareleja” e depois “Água de beber”, de Tom Jobim, “Le Reino del Placer” de Alain Langré, “Senior me cansa la Vida” de A. Machado, “Locomotion” de Little Eva; My Gyala” de Robinson, “My Lord What a morning”, “I’m gonna sing”, “Oh happy day” três espirituais negros, muito aplaudidos pelo público. O encerramento do festival esteve a cargo do Grupo Coral da Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne que, sob a direcção da maestrina Ivelina Pereira, interpretou as seguintes peças: “Ora viva a pândega” popular, “Porque não me vês Joana” do Cancioneiro de Elvas, “Ao passar a Ribeirinha” popular “Canção da Vindima”, de Fernando Lopes Graça, “Barqueiro – barcarola”, “Oliveira Pequenina” popular, “A Banda” de Chico Buarque, “Foi Deus” com arranjo de M.Roscas Dias, “Picapau” canção algarvia e “Eu hei-de ir ao Algarve”.

Desidério Silva, presidente da Câmara de Albufeira, acompanhado da esposa, esteve presente em mais uma acção cultural realizada na Sociedade Musical e, juntamente com os dirigentes da colectividade fez a entrega de lembranças aos grupos participantes.

Na oportunidade dirigiu algumas palavras, não somente ao público mas para os elementos dos três grupos participantes, estimulando para continuarem com as suas actividades culturais. Falou dos apoios dados às associações”. Os apoios mesmo que sejam considerados subsídios, são um grande investimento do município. Este trabalho de intercâmbio entre grupos de povoações diferentes fazem parte da cultura.

Há pessoas que têm responsabilidades públicas esquecem-se da importância da cultura. Eu procuro estar presente e valorizar estes actos culturais”.

Referindo-se ao livro sobre o Cancioneiro Popular a apresentar nessa noite na Biblioteca Municipal de Albufeira e que fora referido pelo apresentador do festival disse: É um livro com muita história, essencialmente de Paderne registado por pessoas com memórias notáveis que recordam o que legaram os seus antepassados. Naturalmente eu e o município apoiamos esta publicação”.

Regressando ao assunto referente ao festival de coros finalizou dizendo: “Felicito os directores desta casa, os que participaram e os que vieram aqui num sábado à tarde a esta sala. A cultura marca a diferença e isso está bem à vista. Há momentos falando com o professor Graciano referente aos 150 anos que a Sociedade Musical festejará no próximo ano, disse que essa efeméride deverá ser assinalada com o devido relevo e é isso que iremos fazer”.

No final do festival coralistas, dirigentes e acompanhantes reuniram-se num beberete que serviu de confraternização e amizade.

Por: Arménio Aleluia Martins