SECÇÃO: Reportagem

Grande pavilhão mostra que projecto vai avançar

A 9ª Concentração de Camiões, promovida pela Nuclegarve, não teve lugar, tal como a edição anterior, no espaço junto às instalações da Auto-Jardim, mas nos terrenos onde será edificada a Aldeia da Solidariedade, em Fontainhas, freguesia de Ferreiras. Já existem as instalações da sede e construído para o efeito um pavilhão que albergou os associados e participantes no desfile de camions, para os almoços e espetáculos incluídos no programa.

No sábado, dia 10, na abertura realizou-se a apresentação de novos camiões e o almoço. À noite durante o jantar atuou o organista-vocalista Ruben Baião com música para dançar e pelo palco passou João Paulo Cavaco e a sua Banda, com o vasto pavilhão a registar uma enchente.

No omingo de manhã começaram a chegar os camiões para o desfile de veículos, cerca de 60, portanto longe dos anteriores que ultrapassaram a centena.

Durante o almoço em que estiveram presentes o vice-presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlo Rolo, a vereadora Marlene Silva e o presidente da Junta de Freguesia de Ferreiras, Jorge Vicente que num período de intervenções manifestaram o desejo e a esperança de que a Aldeia da Solidariedade vai ser uma realidade. Tal como Paulo Almeida, o presidente da Nuclegarve que referiu a importância do pavilhão onde se encontravam mas que cuja inauguração será feita num grande evento.

Depois da cerimónia da entrega dos prémios aos participantes na exposição de camiões, cuja orientação esteve a cargo de Eliseu Brito, atuou o Rancho Folclórico de Ferreiras, muito aplaudido pelo público presente, sendo homenageada a acordeonista Jessica Guerreiro, recentemente eleita pelos telespetadores da RTP como Rainha do Acordeão e que no próximo mês de Outubro participará na Gala do Acordeão que se realiza em Castelo Fidardo, na Itália.

Jessica Guerreiro que muito antes atuou juntamente com os jovens acordeonistas , como ela que tem somente treze anos, Daniel Silva e Hernâni Cerqueira.

A encerrar o evento, foi a vez de actuar o cantor Carlos Granito, acompanhado pelas suas bailarinas.

O lar vai estar pronto até 2013

Numa breve conversa com Paulo Almeida, este mostrou-se conformado com a situação actual mas esperançado na concretização do projecto.

a Avezinha – Este pavilhão está envolvido no projecto final?

Paulo Almeida – Está na zona de jardinagem. Pode ser desarmado e levar para qualquer lado. Uma estrutura desta é fundamental e vamos tê-la aqui até que possamos. Tem 670 m2, portanto com área semelhante ao do EMA e comporta cerca de quinhentas pessoas, em jantares e 700 em espectáculos.

Quanto ao lar vai ser lançado na plataforma mas como falhou algo da parte do arquitecto e por isso não podemos hoje anunciar mas daqui a poucos dias já estará tudo a concurso.

a A – A nível de apoios há alguma coisa de concreto?

P.A. - Há o que assinámos com o Dr. Rolo e outras instituições. O protocolo está assinado e deve ser cumprido.

a A – A crise não veio esmorecer um pouco?

P.A. - Claro que temos que pensar 2 vezes. Da parte da Câmara vejo toda a abertura. Este projecto para receber fundos da C.E.E. Tem que estar acabdo em 2013 mas apenas o edifício do lar.

A nossa prioridade é precisamente esta pois já temos vagas para 56 utentes.

Esta manifestação é também para mostrar que a Nuclegarve não está parada.

a A – A crise sentiu-se nesta manifestação dos camiões. Quantos veículos estiveram?

P.A. - Penso que foram 59, muito longe dos anos anteriores que foram mais de uma centena.

Escolhemos este lugar para que os nossos sócios se habituem a vir aqui.

a A – Vai funcionar com regularidade?

P.A. - Sim e já houve alguns sócios que deram um mote para a realização de festas, nomeadamente uma prova de vinhos caseiros, jantares de caçadores, sendo as peças oferecidas por eles. Vamos pensar aproveitá-las.

A instalação eléctrica está em condições. Foram feitas por um electricista, o Rui que é o secretário da Junta de Freguesia de Ferreiras, que aproveito para agradecer.

a A – Esta obra envolve que verba?

P.A. - À volta de 150 mil euros. Tínhamos pensado não utilizar as telhas térmicas por serem mais caras mas aconselhámo-nos com pessoas entendidas no assunto e fizemos mais este sacrifício.

Dentro de pouco tempo vamos propor que se faça aqui a Festa do Arjamolho onde ninguém vai pagar, a não ser as bebidas mas entregamos um envelope a cada pessoa que dará o que entender. Todo o dinheiro será para embelezar o pavilhão.

aA – Estarão disponíveis para outros eventos que não sejam da Nuclegarve?

P.A. - Para qualquer associação, desde que haja uma pequena comparticipação para o consumo de electricidade.

Durante o mês de Outubro será feita uma Noite de Fado a rigor com comidas apropriadas a este evento.

Estamos a pensar vender a ocupação das mesas com dez lugares a 150 euros com direito a bacalhau, chouriço, etc.

Por: Arménio Aleluia Martins