SECÇÃO: Regional

Salir reviveu Idade Média com milhares de visitantes

Durante três dias – 9, 10 e 11 de Setembro – a típica vila de Salir, localizada no coração da Serra do Caldeirão, foi palco de uma recriação histórica em mais uma edição do Salir do Tempo – Festival de Artes Medievais, que atraiu milhares de visitantes.

Este ano com a tónica nas Artes de meados do século XIII, do teatro à música, passando pela dança ou pela animação de rua, foram muitos os motivos de interesse propostos nesta viagem no tempo, até à época da Reconquista, em que Salir constituiu um ponto estratégico.

Os sons da música medieval árabe, cristã ou judaica ecoaram pelos cantos e recantos desta vila onde os acontecimentos históricos ganharam vida por estes dias.

No mercado medieval com produtos tradicionais, como o mel, a cortiça, o medronho, a cestaria, os artesãos trabalharam ao vivo, dando a conhecer aos visitantes o que ainda subsiste das tradições.

A cultura árabe, que tanto influenciou a região, esteve bem representada através das dançarinas do ventre, das bancas de bijuteria e acessórios, das djellabas, dos cabedais, dos espelhos, dos cachimbos de água, das pratas, dos candeeiros, das especiarias, da tenda de chá, da tatuadora de henna e da tenda de camelos.

E numa área dedicada aos animais, não faltaram os cavalos, dromedários ou as águias. A falcoaria, enquanto arte bastante apreciada na Idade Média, esteve também bem representada neste evento.

Por todo o recinto, cavaleiros e damas, escudeiros, gente do povo, representantes da Igreja e, naturalmente, os mouros, deram vida a Salir num evento que veio confirmar o interesse do público pelos eventos ligados à cultura e à história local.