Edição de 26-08-2010
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Arquivo: Edição de 04-09-2008

SECÇÃO: Entrevista

Astróloga Cristina Candeias fixa residência no Algarve

“Espero que 2009 seja o ano da viragem. Vamos ver se os astros ajudam!”

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Após o sucesso que alcançou na ‘Praça da Alegria’, da RTP, onde fazia previsões aos telespectadores através da sua carta astral, Cristina Candeias passa este ano a ter presença assídua no Algarve. Depois do Porto e de Lisboa, agora também tem em Albufeira um dos seus locais de eleição. Atraída pelo clima ameno, mudou-se de armas e bagagens para a região, onde pretende encontrar a tranquilidade difícil de descobrir nas grandes cidades

aAvezinha – Disse, há alguns anos, que o seu futuro passaria pelo Algarve. Isso já está a acontecer?

Cristina Candeias – É verdade. Estou numa passagem, do Norte para o Sul. Vou mesmo ficar a residir no Algarve. Já estou a tratar de tudo nesse sentido.

aA – Passará depois a deslocar-se a Lisboa e ao Porto para trabalhar?

CC – Exactamente, e tenho muito mais qualidade de vida.

aA – O que a atrai no Algarve? Presumo que não seja só por uma questão de trabalho que se fixa aqui…

CC – Não, até porque nas grandes cidades há uma maior apetência para este tipo de assuntos e penso que para todos os outros. O que me atrai, acima de tudo, é o clima. Como tenho muitos problemas de coluna, sinto-me muito bem com o ar puro do Algarve.

aA – Vai escolher um sítio perto do mar ou no campo?

CC – Para já, vou ficar no campo, onde se vive em paz. Encontro isso aqui e como estou muito virada para a escrita – lancei recentemente um livro e já estou a escrever outro, que sairá em Março – é uma nuance perfeita, para escrever e sentir-me bem.

aA – Também dá consultas em Albufeira…

CC – Sim. É uma forma de juntar o útil ao agradável. Uma vez que estou cá, as pessoas sabem, e junto as duas coisas.

aA – Há muitas pessoas do Algarve que a procuram?

CC – Os grandes centros, como lhe digo, são mais fortes. Colocaria Lisboa em primeiro lugar, o Porto em segundo e Albufeira em terceiro. Mas sim, há muita gente do Algarve que me procura. E tenho muitos clientes do Algarve, alguns deslocavam-se a Lisboa e outros, que não podiam deslocar-se, pediam por escrito e eu depois mandava os dossiês. Tenho cá clientes desde sempre. Curiosamente também tenho aqui muitos clientes que são do Norte e do Centro, que vieram viver para o Algarve, sobretudo na idade da reforma. Procuram uma vida mais saudável. Tenho também muitos clientes jovens. As pessoas estão a precisar de recolhimento, de estarem consigo próprias e fogem dos grandes centros.

aA – Que temas é que as pessoas pedem mais que aborde, para que as ajude?

CC - O amor é o principal, sempre o amor. É evidente que querem também saber sobre trabalho e dinheiro, mas o amor é o cerne da questão. Porque o trabalho, melhor ou pior, as pessoas acabam por arranjar. As pessoas sobrevivem sem o trabalho, sem amor não. Entram em depressão. Ninguém vive sem afecto.

aA – E consegue ajudar essas pessoas?

CC – Eu acho que sim. Dou-lhes caminhos, essencialmente. Não dou soluções, nem ninguém dá soluções para nada. As pessoas são orientadas em determinado sentido.

aA – Uma pessoa que chegue a uma consulta sua, o que diz?

CC – Não diz nada, só peço a data de nascimento, a hora e o local. Começo a fazer a descrição do tipo de personalidade que a pessoa tem. A partir daí, percebo onde está o conflito, o mapa indica-nos isso. Não é preciso a pessoa dizer qual o seu problema, está bem explícito no mapa. A partir daí, a pessoa identifica-se com o que eu digo e desenvolve-se o tema. Digo se vale a pena insistir em determinado caminho ou não, se é uma crise passageira ou não…

aA – As pessoas voltam para contar o que aconteceu?

CC – Voltam. Principalmente quando acerto no cerne da questão, quando a pessoa tem outro conflito procura-me novamente.

aA – Numa consulta é possível resolver um problema?

CC – Claro que sim. Eu aconselho as pessoas a fazerem uma consulta uma vez por ano mas geralmente os meus clientes fazem mais.

aA – Como será o final de 2008?

CC – Na sequência do que este ano trouxe, com grandes dificuldades, milagres não existem em lado nenhum. Estamos numa crise muito grande que, a meu ver, já se arrasta desde 2000 e vai ser o culminar de muitas situações, nomeadamente as dificuldades financeiras e de trabalho que as pessoas têm neste momento. Portugal está em crise.

aA – Os casos de sobreendividamento também surgem nas suas consultas?

CC – Claro, as pessoas fazem créditos sobre créditos, porque com o que ganham não é possível sobreviverem, então vão-se endividando.

aA – Então, até ao final de 2008 haverá pouca coisa boa?

CC – Eu acho que sim, não vale a pena estar a dizer o que não é. Milagres não existem. Mesmo assim, eu acreditava que este ano iria ser melhor que 2007, acho que acabou por não ser. Mas tinha essa esperança. Espero que 2009 seja o ano da viragem. Já é tempo. Vamos ver é se os astros ajudam. As pessoas estão cheias de problemas.

aA – Os seus clientes são sobretudo portugueses ou também estrangeiros? No Algarve, por exemplo, existem muitos estrangeiros residentes…

CC – São mais os emigrantes, até porque a RTP Internacional transmitia o programa lá fora e contactavam-me muito.

aA – O programa de televisão em que participou, a ‘Praça da Alegria’, foi a sua rampa de lançamento? O que permitiu que ficasse conhecida em todo o País e lá fora?

CC – Foram seis anos e meio de permanência diária e agora vou lá esporadicamente. Foi quando as pessoas me descobriram mais.

aA – Foi uma experiência positiva ou também lhe trouxe dissabores?

CC – Muitos dissabores. A exposição é algo que traz sempre coisas pouco simpáticas. As pessoas aproveitam-se…

aA – Acha que a RTP aproveitou com a sua presença?

CC – Obviamente que sim! Ninguém paga um ordenado a um colaborador durante mais de seis anos se não tiver proveito. Mas digamos que foi um proveito de parte a parte. Dei a conhecer o meu trabalho, o meu nome, isso aconteceu através da RTP, claro que sim.

aA – Acha que conseguiu passar uma imagem de credibilidade, o que nem sempre é possível neste meio?

CC – Acho que sim. E o meu sucesso é o reflexo disso. As pessoas acreditam em mim. Inclusive, há muitos emigrantes que enviam cheques em branco para pagar a consulta, isto é um sinal de credibilidade, confiança.

aA – Entretanto, houve um corte com a RTP?

CC – Eu é que quis sair da RTP. Já saí há mais de um ano, estava muito cansada e estava no ano da mudança, da viragem. Só não vim mais cedo para o Algarve porque o meu filho mais velho estava a acabar o liceu. Este ano é que foi definitivo. Era também um trabalho que me prendia muito. Hoje tenho uma vida com muito mais prazer. Posso estar aqui, por exemplo, posso gerir o meu tempo de outra maneira. Esta semana posso estar no Algarve sem fazer nada, o que é óptimo.

aA – Não pondera voltar à televisão?

CC – Se surgir algum projecto que se enquadre com a minha personalidade e maneira de ser, claro que sim. Mas neste momento só estou a escrever.

aA – Como aconselha os seus clientes a libertarem-se dos medos que, como diz, “não nos deixam ter paz”?

CC – Devem acreditar mais no seu potencial, fazendo-os entender que o medo é um padrão de pensamento que corresponde a uma energia e que todo o pensamento que é focalizado pela pessoa é um íman. Ora, se a pessoa tem muito medo vai atrair situações de medo. Uma pessoa que tem medo de ser assaltada, é assaltada. Nós somos aquilo que pensamos. Tento inserir tópicos na mentalidade das pessoas que permitam ser mais confiantes. Há pessoas que vivem tristes, frustradas, sem amor, porque têm medo de sofrer. Porque já viveram situações no passado que as marcaram, não fizeram a destilação daquele nó de dor e estão ali presas, infelizes. Quando conseguem desmontar esse padrão de medo e ser felizes, é óptimo. É quase como uma terapia. As pessoas não sabem como chegar lá e eu indico o caminho.

aA – Esses conselhos também servem para si própria?

CC – Claro. As outras pessoas acabam por ser sempre os nossos espelhos. Geralmente, aquilo que não gostamos numa pessoa está intrinsecamente dentro de nós.

aA – E as pessoas conseguem libertar-se desses medos?

CC – Há situações mais difíceis do que outras, é tudo uma questão de persistência e vontade. Mas de uma maneira geral, as pessoas vão fazendo os seus percursos.

aA – Tem também um serviço de consultas para crianças…

CC – Sim. Achei interessante essa abordagem. Todas as mães têm problemas com os filhos. Eu própria sou mãe, tenho dois filhos completamente diferentes, e lido com eles de maneira diferente, porque têm sensibilidades diferentes. Quando uma mãe sabe qual o padrão emocional da criança, é meio caminho andado para ter um bom entendimento.

aA – Foram as mães que lhe pediram esta vertente nas consultas?

CC – Algumas sim. São as mães que vão às consultas, os filhos só vão se forem mais crescidos. Pedem ajuda para a escolha profissional, por exemplo. A apetência que uma pessoa tem para determinadas áreas está escrita no mapa, que é essencialmente uma orientação de vida.

aA – Este ano, o que nos reservam os signos?

CC – Por exemplo, este ano não é simpático para os Virgens, logo a maior parte dos meus clientes são Virgem, porque estão a passar por situações complicadas, de grande mudança. Aconselho prudência. Os capricornianos também estão a ser afectados. O Leão teve mudanças há dois anos.

aA – E os outros signos?

CC – Os Balanças do primeiro decanato estão sob a influência de Plutão, é a transformação completa. O Carneiro também, tal como o Capricórnio e o Caranguejo. São os signos que têm as maiores transformações. É a viragem completa da vida. O Escorpião tem tido uma boa influência de Urano/Júpiter, deve arriscar e seguir em frente, o Sagitário é sempre o grande beneficiado do zodíaco porque é regido por Júpiter, o Deus da Sorte. Costumo dizer que se pudesse mudar de signo só mudava para Sagitário. Pode fazer todas as asneiras do mundo mas tem sempre o perdão maior. O Aquário também está bem, mas o do segundo decanato nem por isso, porque Neptuno que é o planeta da espiritualidade, das ilusões e desilusões encontra-se na constelação de Aquário. É um signo muito mental. Os Peixes vão continuar a navegar nas suas águas, os do último decanato também estão com viragens. Acho que os signos acompanham as mutações do Universo. Ou seja, da mesma forma que os signos estão todos a passar por grandes processos de mudança, Portugal também está. Aliás, Portugal é Peixes. Daí os portugueses serem tão compassivos, altruístas, aguentarem tudo. Quem não está com mudanças são os Leões, os Caranguejos, tirando os de 22, e os Gémeos. O Touro está pacífico.

aA – Ajuda as pessoas fazendo mapa astral e Tarot. O que é que as pessoas pedem mais?

CC – O mapa, do que também gosto mais. É mais incisivo, é o perfil da pessoa que está ali. As cartas mostram o tempo presente. Se deitar cartas agora e daqui a um mês, não vão sair as mesmas. O mapa é sempre o mesmo, os planetas é que giram e vão trazendo os dramas ou o crescimento.

aA – No mapa consegue prever o que acontecerá à pessoa? E quando vê coisas menos boas, também revela?

CC – Tento, com a máxima subtileza, alertar. Tenho um lema: uma pessoa não pode, nem deve, sair de uma consulta minha mais desestabilizada do que quando entrou. Se vejo que vai surgir um acontecimento fatal na vida da pessoa, alerto para algo não muito bom que possa acontecer naquele período. Ao que está escrito, ninguém foge. A pessoa fica é com uma preparação diferente para aceitar determinado problema. Só poderá fugir à dimensão da dor, mas o acontecimento está lá…

aA – Sente a crise também na procura das pessoas às suas consultas?

CC – Acho que as pessoas com muitos problemas financeiras já não vão às consultas, já não têm recursos para extras. Nota-se a crise. Não é que tenha menos clientes, mas as pessoas não vão é com a mesma facilidade com que iam, já pensam duas vezes se devem gastar esse dinheiro. Mas também tenho clientes certos, que todos os meses vão à consulta, sobretudo do meio empresarial, para saber se podem ou não arriscar em determinado negócio. Eu tento ajudar e fazê-lo com o maior rigor que sei.

aA- Tem clientes famosos. Pode referir algumas áreas?

CC – Do mundo do futebol ou artístico, por exemplo. Tive o prazer de ao longo destes anos ter conhecido algumas pessoas das mais variadas áreas, de quem fiquei amiga. Algumas dessas pessoas até fazem o meu reconhecimento publicamente, como é o caso da Dulce Guimarães ou da Adelaide Ferreira, que acho o caso mais flagrante. Um dia fiz-lhe o mapa, na Praça da Alegria, e disse-lhe que ela ia apaixonar-se e ela começou a rir-se à gargalhada. Disse-lhe ainda que havia a grande possibilidade de ela ficar grávida e mudar de casa. O que é certo é que tudo isso aconteceu. E depois ela foi publicamente à Praça falar disso, o que achei muito bonito da parte dela. São coisas muito fortes.

aA – Lançou recentemente o livro ‘A Chave da Vida’. Que mensagem pretende passar?

CC – Nada é à toa na vida. Uma das frases da capa é ‘Nada nem ninguém se cruza na vida ao acaso’ e não há acasos, como não há coincidência. Tem estórias de várias pessoas que um dia recorreram a mim. Tento chamar a atenção para problemas da nossa sociedade. Já vai na terceira edição, não me posso queixar. E já estou a preparar outro, a convite da editora, mas ainda não posso dizer qual o tema. Vai ser lançado em Março, o meu mês de nascimento. Eu costumo dizer que o melhor mês para casa pessoa é o do seu nato:scimento, porque é o início de um novo signo solar.

Por: Ana Isabel Coelho

Tempo de leitura: 12 m
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Comentários dos nossos leitores
Zélia
Gostei: Muito Concordo: Plenamente
Comentário:
Fiquei curiosa em saber onde é o local de consultas em Albufeira.
 
Ana Morais
Gostei: Indiferente Concordo: Parcialmente
Comentário:
Cristina Candeias, excelente profissional no que toca a astrlogia. No que toca a Ser humano, não vale nada... Pena que só veja o dinheiro à frente. Problemas de saúde? Quem semeia ventos, colhe tempestades... e ela sabe bem que o furacão maior ainda falta passar. Enfim...
 
Pedro Reis
Gostei: Nao Gostei Concordo: Sem Opiniao ...
Comentário:
Respeito muito o seu trabalho bem como, a forma como o faz mas, Sr.ª Cristina Candeias, mas, considero pouco ético profissionalmente, a tal "esperança" que dá as pessoas depois de uma consulta sua dizendo: "Vá dando noticias!". Optimistas ficamos mas, quando na realidade ao a contactarmos (porque algo correun mal ou bem e queremos falar consigo) a senhora pede são mais 150 euros. Por favor, estamos em crise mas a ganacia não leva ninguem a bom porto. Pense antes de agir.
 
PAULO PEREIRA
Gostei: Nao Gostei Concordo: Discordo
Comentário:
PARA O JORNALISTA QUE ENTREVISTOU A CC: E PERDER TEMPO COM, PESSOAS REALMENTE INTERESSANTES E IMPORTANTES PARA A NOSSA TERRA? PESSOAS DESTRUÍDORAS DE LARES E DE ALMAS, NÃO OBRIGADO! PAULO PEREIRA
 
RuCa
Gostei: Muito Concordo: Plenamente
Comentário:
Gostei muito da entrevista. Parabéns! A Cristina Candeias sabe do que fala, ao invés de outros/as impostores/as como por exemplo a Maya que a sic teima em colocar no ar religiosamente todos os dias... É certo que quando se é reconhecido pelo seu trabalho, a inveja aumenta em nosso redor e, sejamos sinceros, por mais acolhedores, solidários e simpáticos que NÓS, portugueses, somos o que é certo e, não o podemos negar, é que Portugal é um país de invejosos, infelizmente!!!! Mas é esta a realidade. Parabéns à Cristina Candeias e que continue sempre em frente a ajudar e iluminar quem mais precisa! A astrologia com seriedade, tal como a Cristina Candeias faz, só eleva esta arte. Parabéns! RuC a
 

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