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Edição de 26-08-2010
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Arquivo: Edição de 07-08-2008

SECÇÃO: Política

A caça às bruxas, não faz sentido

É normal, as eleições não se ganham, perdem-se. Isto é, nunca é o mérito da Oposição que ganha as eleições, é sempre o demérito de quem governa que as perde. Daí que se possa afirmar se uma governação é boa, séria, honesta, normalmente merece ser reconduzida e continuar um processo que se não completou num mandato, seja ele de dois, três ou quatro anos. É por isso que em todos os lugares que sejam determinados por eleições, esse escrutínio é feito periodicamente e os cidadãos pronunciam-se desta ou daquela maneira consoante as ilacções que tiram da actuação dos eleitos. Eis o motivo para os “Tratados” que não são referendados não podem ter um valor acrescido do beneficio da duvida dos eleitores que em Portugal nunca foram consultados para tal efeito, como se os portugueses fossem um povo menor que os irlandeses, e isto desde o longinquo ano de 1986 logo que o País entrou para a CEE, actual União Europeia, com 27 países devido aos sucessivos alargamentos que levaram a que nas costas dos cidadãos europeus, às escondidas lhes queiram à força impor uma Constituição federal europeia, já chumbada definitivamente.

Nas eleições regionais antecipadas de 11 de Julho de 2008, para escolha da equipa liderante do PSD/Algarve no período de 2008/2010, recandidatou-se à liderança o Dr. José Mendes Bota, tendo como adversário uma lista B, liderada pelo Eng José Macário Correia. Antes das mesmas, tive o privilégio de me pronunciar em artigo aqui publicado na véspera, 10 de Julho de 2008, com o título” As Eleições são uma Incógnita”, como aliás veio a acontecer comprovado pelo resultado que encerra alguma surpresa, porque aqueles que no Algarve votaram no Dr. Santana Lopes/Bota, foram 80%, enquanto os que votaram na Drª Manuela Ferreira Leite/Macário, se ficaram somente nos 20%. Logo, o Dr. Mendes Bota devia ter igual ou mesmo superior votação, o que não sucedeu, porque os militantes/eleitores deram ao Dr. Bota 60% dos votos e ao Eng Macário 40%, revelando como o PSD algarvio continua seriamente dividido, a exemplo do que se passa ao nível nacional.

Também houve de tudo, como sempre acontece em eleições, e aqueles que estavam com a Drª Isabel Soares em 2004, passaram-se de forma camaleónica para o lado do Dr. Mendes Bota e são até membros importantes da sua lista, como já o eram em 2006, quando concorreu sozinho. Outros que estavam de alma e coração em 2004 com o Dr. Mendes Bota e dele fizeram sua bandeira contra a Drª Isabel Soares, desta vez estiveram ao lado do Eng Macário Correia, que nenhumas semelhanças tem com com a Drª Isabel Soares. Estiveram com ele por oposição aos dois mandatos do Dr. Mendes Bota, tendo feito uma avaliação negativa. O PSD/Algarve perdeu peso a nível nacional no confronto com os restantes Distritos, e na politica real disputada partidariamente, ainda o desnível é maior, basta conferir que em 8 Deputados que cabem ao Algarve, o Partido Socialista tem 6 e o PSD só 2, mas no concreto apenas 1, porque o outro vive na Figueira da Foz e pode como qualquer cidadão vir aqui no Verão, cabendo somente ao Dr. Mendes Bota defender na Assembleia da Republica os interesses do Algarve, e penso que o tem feito com acerto, mas o numero conta.

Foi uma distinção a inclusão do meu nome nas listas que compuseram a Comissão de Honra do Eng Macário Correia, não porque tenha algo contra o Dr. Mendes Bota, como pessoa, mas sou daqueles que igualmente consideram uma avaliação negativa das politicas que seguiu nos últimos 4 anos à frente do PSD, esquecendo os companheiros apoiantes e estendendo o ramo de oliveira aos oportunistas, continuando a prosseguir a mesma politica, com destaque para o poder local na elaboração das listas para as próximas eleições autárquicas de 2009, onde o PSD é maioritário e corre o risco de perder algumas Câmaras Municipais devido ao desgaste da imagem de certos Presidentes e Vereadores, cada vez menos credíveis, apesar da grande demagogia que empregam nas suas medíocres governações. Há que aguardar, devendo agora todo o Partido unido, ser chamado a uma discussão individual, e global, para se afinar uma estratégia regional de concórdia, na escolha de programas e pessoas que sejam as melhores para desenvolver politicas realísticas de progresso e bem estar das populações. Basta ler a imprensa para se perceber o sentir dos eleitores.

Os lideres de hoje serão os vencidos de amanhã e portanto a caça às bruxas deve estar sempre fora das cogitações das mentes mais perversas de certos dirigentes que ao triunfarem em dado momento têm de ter a humildade suficiente para conviver com todos, visto que a partir do conhecimento dos resultados finais, termina aí a disputa eleitoral, e todos aqueles que honestamente estiveram em qualquer dos campos, deixaram de ser adversários, e passaram, porque nunca deixaram de ser, companheiros com um só pensamento, vencer os actos eleitorais de 2009.

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