Edição de 26-08-2010
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Arquivo: Edição de 26-06-2008

SECÇÃO: Política

O Tratado de Lisboa está morto

O Referendo na Irlanda, pôs a nu a hipocrisia dos políticos da União Europeia. Ao votarem NÃO, mandaram às ortigas o célebre “Tratado de Lisboa” e assim os irlandeses deram uma enorme bofetada nos pequenos lideres europeus que pensam que têm o rei na barriga e podem nas costas dos seus povos fazer tudo o que querem mesmo que isso tenha efeitos negativos para o conjunto dos países que ao se associarem para melhor defender determinados interesses, não querem de modo algum que esta união caminhe para um Estado Federal e muito menos perder as sua autonomia, os seus costumes, a sua língua, as suas tradições, as suas religiões, os seus heróis, os seus ícones e tudo aquilo que faz parte da cultura de um povo, que não quer perder a memória, a troco de trinta dinheiros como estes vendilhões do templo querem amarrar mais de 400 milhões de cidadãos a projectos que nada dizem e são a causa do empobrecimento acelerado das Famílias europeias, que deste modo perderam todas as garantias sociais alcançadas ao longo do século XX, mas que já pouco resta.

O Referendo da França, da Holanda e o da Irlanda, provam entre outras coisas que os povos não aceitam um Estado Federal, com uma Constituição Europeia, mesmo que eufemisticamente se lhe chame “Tratado de Lisboa”, mas que foi produzido em Berlim e que só beneficia os quatro grandes países – Alemanha, França, Itália e Inglaterra. Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo, melhor se compreendendo por que se optou pela ratificação nos Parlamentos dum Tratado que tem sido chumbado pelo referendo e seriam 27 NÃOS, tantos quantos os países da União se os Tratados fossem postos à sua aprovação da forma referendária, única expressão verdadeira, séria, responsável e assumida por quem tem todo o direito de se pronunciar, visto as consequências politicas recaírem nas populações que as sofrem porque esta União Europeia serve exclusivamente os interesses dos políticos que montaram o Quartel General em Bruxelas e daí sugam os cidadãos até ao tutano, usufruindo das mais imorais mordomias, com consumos desregrados e gastos sumptuosos.

Para os políticos federalistas, não há subidas de preços dos combustíveis, inflações galopantes, aumentos desmesurados dos preços dos géneros alimentícios, dos impostos, das taxas, das multas e coimas, das contra ordenações, das comunicações e tudo aquilo que o vulgar cidadão paga para que os políticos, os governantes, gestores públicos e entourages sediadas em Bruxelas e nas 27 capitais da União Europeia vivam como uns nababos a quem nada falta e ainda auferem ordenados milionários para uma classe deveras prejudicial e improdutiva. E são deste modo tão arrogantes que procuram calar a voz dos cidadãos em consultas francamente democráticas como aquela que os irlandeses viveram neste dia de Santo António de Lisboa em 2008, o mesmo dia que se comemorou o 120º aniversário do grande Poeta Fernando Pessoa e o 50º aniversário da morte do actor comediante Vasco Santana, três vultos da cultura portuguesa, que jamais poderiam ter nascido na Republica Federal da Europa que vai até aos Urais, deixando Portugal cada vez numa geografia mais periférica.

Fernando Bulhão, nome de baptismo do Santo António de Lisboa, não de Pádua, como querem os italianos, tal como Fernando Pessoa e Vasco Santana só podiam ser portugueses, pelas suas estaturas intelectuais e morais que tanto têm contribuido para engrandecer o nome de Portugal num Mundo perigoso e complexo. Os políticos instalados em Bruxelas, com excepção dos pequenos partidos, ultra minoritários, defendem uma Europa Federal, e querem agora denegrir os resultados do Referendo na Irlanda, dizendo que nos referendos fala-se de tudo menos naquilo que está em causa nos Tratados. Se o próprio Primeiro Ministro irlandês não leu o “Tratado de Lisboa” agora referendado, como querem que o povo possa estar informado ? O certo é, que está, e por isso rejeitou o “Tratado de Lisboa”, vendo nele uma ameaça ao seu bem estar e um enorme atropelo aos direitos, liberdades e garantias. Quem nas campanhas eleitorais só diz mentiras, são os politiqueiros instalados, prometendo o céu, para logo nos darem o pior dos infernos, utilizando todas as espécies de mordaças, para calarem a voz da razão dos povos que em silencio heroicamente resistem até justamente se indignarem.

O “Tratado de Lisboa”, está morto e não venham agora tentar por formas anti-democráticas ressuscitá-lo porque a não aprovação por qualquer dos 27 países, quer as ratificações sejam feitas por referendos ou nos Parlamentos nacionais, inviabiliza a sua implementação a partir de 1 de Janeiro de 2009. Igualmente se procura omitir a opinião do Presidente da Republica Checa, Vaclav Claus, que logo que conheceu o resultado do referendo irlandês, afirmou alto e bom som que o Tratado de Lisboa estava morto e enterrado. A mentira, tal como o crime nunca compensam e não resulta fazer as coisas impondo uma vontade pela força, porque mais tarde ou mais cedo acaba sempre por cair pela base.

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