SECÇÃO: Desporto

R2 Rally Team Albufeira apresentado

Numa curta entrevista com os dois pilotos ficámos a saber o que quer dizer R2 que está associado a Rally Team. Bruno Andrade deu a explicação:

“Dois por sermos duas equipas que vão dentro do carro ou seja o piloto e o navegador. Neste caso dois pilotos e dois navegadores em dois carros. O R2 tem a ver com o desporto de automóvel de racing”.

O Nuno Pinto referiu quais as provas que já têm programadas:

“Queremos fazer o campeonato do Regional Sul e duas provas do Open que é um campeonato a nível nacional que vamos estrear este ano. Pretendemos levar o nome de Albufeira o mais longe possível. Acreditamos que iremos ter uma prestação bastante razoável para quem vai iniciar.

No Regional já vamos pela 3ª vez, o que nos leva a ter alguma experiência para podermos competir em provas a nível nacional”.

Quanto à assistência técnica Bruno Andrade esclareceu:

“A nossa assistência técnica provavelmente será a mesma, embora da parte do Nuno ainda esteja por definir.

Os carros são nossos mas em termos de assistência técnica teremos uma equipa com um historial largo em termos do Rally do Algarve com a qual o Ricardo Teodósio tem corrido ao longo dos últimos anos. É uma estrutura que nos dá garantias de profissionalismo a todos os níveis. Será esta a solução técnica ao longo da época.

Tenho especial preferência pelas provas em terra onde os carros são mais espectaculares e é possível os pilotos darem mais espectáculo”.

Sobre o facto de ter estado nesse dia no Rally de Portugal, Nuno Pinto afirmou:

“Fomos aprender mais um bocadinho. Tiveram cá os verdadeiros mestres da condução em ralis no Algarve, numa prova que é a mais importante do calendário automobilístico nacional.

Gostámos do italiano, do checo, dos espanhóis e de todos. O Bruno Magalhães fez uma prova fantástica mas teve um azar que comprometeu a sua prestação.

As provas no asfalto também são divertidas mas os pilotos normalmente preferem as de terra”.

Quanto ao autódromo de Portimão se será uma mais valia para este desporto no Algarve, Nuno Pinto, foi bem claro:

“É um sonho tornado realidade. Tudo o que seja desporto automóvel aqui perto de nós é sempre uma mais valia. O automobilismo em circuito é também uma paixão que tenho e então vai ser juntar o útil ao agradável.

Pode ser um pólo dinamizador, não só do desporto mas de tudo o que gravita à volta, desde a vertente hoteleira até à lúdica. É um projecto fundamental para o Algarve que só peca por vir atrasado. Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca, o que se aplica bem neste caso.

Tenho 38 anos mas disto apenas 3. Estou no desporto motorizado há mais anos com motos de água mas agora passei para os automóveis”.

Por sua vez Bruno Andrade completou:

“Tenho 37 anos e também pratico o desporto automóvel há 4 anos. Tanto eu como o Nuno corremos em motos.

Seria bom termos começado com 20 anos mas este é um desporto complicado. Normalmente grandes talentos nascem quando as famílias dão um empurrãozinho quando se é jovem.

Eu tenho uma família maravilhosa mas não existia paixão pelo desporto motorizado.

Os meus pais apoiam-me, na medida em que podem, estando sempre presentes. Já perceberam que esta é uma paixão que tenho e que preciso dela para viver”.

Por sua vez Nuno Pinto revelou:

“Os meus pais preferem não ver para não terem que sofrer. Eu compreendo-os pois iriam ter mais sofrimento do que prazer ao assistirem às provas”.

“Os problemas económicos são complicadíssimos no desporto motorizado” foi a opinião final dos dois pilotos mas não será por isso que desistirão dos sonhos.

Por: Arménio Aleluia Martins