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Edição de 12-03-2009
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Arquivo: Edição de 02-05-2008

SECÇÃO: Política

Patinha Antão:

Um algarvio na corrida para líder do PSD

Quase se pode chamar o “candidato da diferença”, porque saiu à liça sem apoios nem negociações, unicamente defendendo um projecto para a unidade do Partido laranja

“Não há fome que não dê em fartura”, diz o povo e tem razão. A corrida à liderança do PSD está muito participada. A saída de cena de Luís Filipe de Menezes precipitada por uma entrevista de Aguiar Branco à revista Visão, onde este se apresentava como alternativa, teve o seu epicentro numa outra reportagem saída no Correio da Manhã, onde dava a saber os problemas que o líder enfrentou a partir do momento que, a troco de algum investimento mediático, abriu as portas de sua casa à SIC, misturando vida familiar com política. A partir daí, o PSD entrou em crise aberta.

Aguiar Branco já não está em jogo, pois deu o seu apoio a Manuela Ferreira Leite, que se candidata à liderança - uma opção bem aceite por uns, mas que inquietou outros sociais-democratas, alguns até históricos, como Mira Amaral. Pretendia-se que a candidatura de Ferreira Leite fosse, de alguma forma, federativa, unificando o partido de forma a poder fazer frente a José Sócrates nas eleições legislativas de 2009. Também Pedro Passos Coelho, Patinha Antão e Neto da Silva têm «vontade de poder» e, por agora, dizem levar as suas candidaturas até ao fim.

Com tantos candidatos em jogo, essa unificação parece que não foi conseguida, pelo menos para já. Santana Lopes “diz que não disse” e acabou também por avançar para o «combate» depois do nome de Alberto João Jardim ter sido apoiado pelas maiores distritais do país: Lisboa e Porto, com a indecisão do Algarve e Mendes Bota à espera do desenrolar dos acontecimentos. Deu-se assim um volte-face e Jardim não avançou, apesar das «tropas» que pediu estarem, por assim dizer, prontas.

Antes do Conselho Nacional ser realizado, já o Deputado algarvio Mário Patinha Antão, tinha anunciado na sede do PSD a sua candidatura a presidente do partido, nas eleições directas a efectuar em 31 de Maio, com o objectivo de enfrentar José Sócrates nas legislativas de 2009. Na altura, o vice-presidente da bancada social-democrata deixou críticas ao presidente demissionário, Luís Filipe Menezes, considerando que «não liderar significa demitir-se por causa da oposição interna».

Em conferência de imprensa, na sede do PSD, Patinha Antão apontou como dois os «pontos fortes» da sua candidatura «a irreversibilidade - vou até ao fim - e a independência» - porque não depende de quaisquer outras candidaturas. «Em nenhuma circunstância eu retirarei a minha candidatura», salientou, assegurando que terá mais do que as 1500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura seja qual for a data em que tiver de as apresentar. Questionado sobre a sua meta eleitoral interna, respondeu: «Vencer. A minha missão é levar o PSD a vencer as eleições de 2009», adiantou.

Mário Patinha Antão disse não ter falado com o presidente do partido, Luís Filipe Menezes, nem com o líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, antes de anunciar a sua candidatura. «Não falei com ninguém. Agradeço ao professor Marcelo Rebelo de Sousa ter-me referido como uma lebre. Procurei correr tão depressa que não tive tempo para falar com ninguém», declarou ironicamente o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD. «A lebre é reconhecidamente quem vai mais depressa, mais longe».

Patinha Antão criticou a decisão de Luís Filipe Menezes de interromper o seu mandato e propor a convocação de eleições directas antecipadas e também os militantes que esperam que passe o ano eleitoral de 2009 para tentar liderar o PSD. «Não liderar significa demitir-se por causa da oposição interna, significa desistir porque se sabe que se vai perder, voltar as costas ao PSD para pretender liderar depois o partido depois de uma eventual derrota».

Patinha Antão sustenta que «a liderança é sempre uma afirmação de integridade, e jamais renunciar quando se pode perder». Por outro lado, o ex-secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde distanciou-se de Luís Filipe Menezes ao contestar «a dicotomia entre bases e elites» do partido. «Repudio a dicotomia entre bases e partidos». Patinha Antão defende que as eleições directas do PSD devem ter «concorrência tão intensa quanto possível», obrigando «cada um a dar o seu melhor», e voltou a defender que Manuela Ferreira Leite seja candidata «para que tudo fique clarificado de uma vez por todas». A quantidade de nomes propostos à liderança do PSD merece do Deputado algarvio o melhor comentário: «Será uma belíssima ocasião de prazer pessoal, de uma responsabilidade acrescida, de uma motivação ainda maior e sobretudo significa o PSD em busca do melhor».

Contas feitas, a corrida poderá ter de cinco a seis candidatos. Mas qual deles consegue tirar José Sócrates do poder? Quem tem perfil para melhor primeiro-ministro? A novela segue dentro de meses...

Carlos Ferreira

Tempo de leitura: 4 m
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Comentários dos nossos leitores
Fernanda
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Bom artigo e muito bem articulado e explícito. Parabéns à Avezinha!
 
Gostei: Sem Opiniao ... Concordo: Sem Opiniao ...
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