Arquivo: Edição de 03-04-2008
SECÇÃO: Política |
A demagogia tem limitesPor vezes é mais fácil dizer mal dos Governos, do que dizer bem. Mas, deste Governo do Eng José Sócrates, é muito difícil dizer bem, visto que, em 3 anos de governação só tem feito mal aos portugueses, com mentiras, com falsas promessas, com falta de rigor nos compromissos da criação de 150 000 empregos, com reformas prejudiciais às classes mais desfavorecidas e com excessiva protecção dos ricos, aprofundando-se o fosso entre pobres e ricos que nunca foi tão grande, mesmo se comparado com os tempos da Ditadura. Ao comemorar o triénio de exercício do poder discricionário, do Partido Socialista, o Primeiro Ministro promoveu um comício num Pavilhão fechado para esconder da população que lhe sofre os efeitos nefastos das constantes arbitrariedades, os festejos de uma enorme tragédia do cada vez maior afundamento de Portugal no contexto internacional, especialmente comparado com os restantes 26 países da União Europeia. Se o Partido Socialista tivesse um pingo de vergonha, seguia o conselho que lhe deu o Deputado Manuel Alegre; de que só devia promover um comício se nele pudesse reunir 100 000 militantes, como fez a Fneprof e outros Sindicatos dos Professores e afins ligados ao Ensino em Portugal. Melhor do que eu, escreve o socialista António Barreto no “Publico”, onde coloca a sábia pergunta: “Será que Sócrates é fascista ?”, acabando por concluir que não vai tão longe, mas insinua que tem todos os tiques de um Ditador, classificando-o de ser a mais séria ameaça à liberdade nos últimos 30 anos, para além do despotismo e concentração de poder pessoal, pondo em causa as iniciativas privadas, criando todas as especies de proibições e utilizando a ASAE como a Guarda avançada do braço repressor e a PSP, como policia politica que fiscaliza Sindicatos e manifestações de trabalhadores. Concluindo, António Barreto, diz de Sócrates, o que Maomé não diz do toucinho. Só é de lamentar que tal retrato do Primeiro Ministro encaixe como uma luva na sua imagem e personalidade, não sendo só o socialista António Barreto que vê nele todas estas negativas qualidades, porque a maioria dos analistas de todos os quadrantes da direita à esquerda opinam do mesmo modo, o que não beneficia o País, os eleitores, comprometendo a sua reeleição. Tudo isto tem causas muito profundas bastando recuar aos tempos do PREC, onde os socialistas do Dr. Mário Soares abriram brechas na Revolução dos Cravos, que “jamé” se fecharam e permitiram que o regresso ao passado se concretizasse, antes da revolução democrática se consolidasse. Foi Mário Soares que rumou ao Brasil para convidar o banqueiro Jorge Jardim para regressar e constituir um super Banco-BCP, onde Soares é um dos médios accionistas, e com os Jardins, vieram todas as flores, que cobardemente tinham fugido e levado as riquezas do País, com a desculpa das nacionalizações, que todo o povo pagou duas vezes, quando fugiram, e depois, quando regressaram e se lhes entregou os Bancos e as grandes Empresas em nome das desnacionalizações. Ainda desse período quem se não lembra da célebre frase: “A luta continua, Barreto para a rua !”, e quem era esse Barreto ? É precisamente o socialista António Barreto, que foi Ministro da Agricultura de Mário Soares, e enterraram a reforma agrária no Alentejo das enormes planícies e dos improdutivos latifúndios, que só serviam como reserva de caça para os fascistas, da monocultura do trigo e do desbaste e colheita de cortiça que rendia milhões a meia duzia de grandes agrários. Tal era a vida nesses obscuros tempos, enquanto o povo comia bolotas, broa de milho, açordas e caldos de couves, engrossando a emigração, fazendo de Paris a segunda maior cidade portuguesa. É fácil criticar, mas é verdadeiramente criminoso, quem teve a possibilidade de fazer bem, porque exerceu o poder, mas não o fez, ou não fez melhor e daí o dever ter a necessária humildade de fazer autocritica, coisa que os ex-governantes não são capazes de fazer, e quem os ouve falar ou ler o que escrevem, parece que eles nada têm a ver com a trágica desgraça em que o País se encontra com tendência sempre a piorar se todos estes demagogos não forem afastados. É igualmente verdade que nem tudo no Eng Sócrates se torna negativo, pois são compreensivas as proibições que se pretendem para as 7 raças de cães altamente perigosas que ameaçam e matam crianças, jovens e velhos e que aos donos nada lhes acontece. As proibições de piercings a menores de 18 anos e colocados na língua e nas partes intimas, em nome da protecção da saúde, para que mais tarde as suas vitimas se não arrependam como aconteceu com a cantora Romana que em momento de lucidez, ainda conseguiu a tempo remover todos esses empecilhos que lhe flagelavam o corpo. Serão duas medidas das menos gravosas que tem tomado. A Sociedade tem que se regular por normas, e todo o cuidado é pouco quando no poder não estão aqueles que verdadeiramente têm uma cultura democrática e só praticam a demagogia, por demais evidente. |
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