SECÇÃO: Sociedade

Alexandre é grande num corpo pequeno

Iniciando a aprendizagem da dança aos 4 anos, na Companhia de Dança do Algarve, tendo como professor o russo Eugene Baliev, o jovem algarvio já mostrou as suas capacidades nos mais diversos palcos. Mas as suas apetências para as artes não se circunscrevem à dança pois no piano, de que é aluno da professora Roxana, no Conservatório de Música do Algarve, revela capacidades superiores à sua idade.

Numa breve conversa revelou-nos que gosta muito de dançar e também dedica muita atenção ao piano. Muito precoce no conhecimento da língua materna dedica grande parte do seu tempo na leitura, devorando livros de banda desenhada e outros da literatura infantil. Revela-nos que gosta de declamar e António Aleixo é um dos poetas preferidos- “O que diz pode acontecer na vida” e sem mais rodeios recorda dos seus versos “Sei que pareço um ladrão / Mas há muitos que conheço / que não sendo aquilo que sou / são aquilo que pareço”. Revelou-nos que gosta de ouvir palmas mas quando actua sente algum nervoso que depois passa.

À pergunta sacramental sobre o que quer ser quando for crescido, disse-nos que quer ser professor, mais especificamente do Estudo do Meio, porque “é a disciplina que mais gosto e os temas estão sempre a mudar, apesar da natureza ser a mesma”. A Matemática é outra das disciplinas que mais gosta “às vezes não percebo mas logo que entendo acho que é uma coisa engraçada”.

O Alexandre surpreende toda a gente

O pai, Heliodoro Joaquim, natural de Paderne, diz que “é a aldeia mais bonita do Mundo” antes de referir que tem dois filhos. o mais velho já formado em gestão de empresas e que no judo atingiu posição cimeira sendo várias vezes internacional e este muito mais novo.

Com um brilho nos olhos fala-nos deste pequeno artista. O Alexandre surpreende toda a gente, não só pela dança e música mas porque na escola é um aluno brilhante. Tem um coeficiente de inteligência superior a 140. Sendo uma criança fora dos padrões normais convive com os colegas e facilmente cria relações de amizade. Dança, toca piano, faz todas as actividades escolares e extra-escolares como teatro, magia e declamação. Tudo o que se possa imaginar mas, para mim, o mais surpreendente é que lê um livro por semana. Lê desde os 4 ou 5 anos, já nem me lembro bem!

Os professores reconhecem nele uma coisa fora do comum e a professora de piano chama-lhe génio. Não sei onde chegará nestas áreas mas o que quero é que se sinta feliz fazendo o que gosta. Faça o que lhe dê prazer e terá sempre o apoio dos pais”.

Quero que seja feliz

A mãe, D. Maria Otília Ribeiro Rego, num misto de timidez mas de alegria confidenciou-nos que ser mãe de uma criança destas não dá muito trabalho porque é muito organizado. “É um grande orgulho para mim ver o que consegue fazer com tanto brilhantismo. Quero que seja feliz e desejo ter disponibilidade de acompanhá-lo. Sinto uma grande alegria, não só pela vitória de hoje mas por tudo o que faz e promete vir a fazer no futuro”.

O jovem Alexandre com os pais

Por: Arménio Aleluia Martins