Edição de 26-08-2010
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Arquivo: Edição de 21-02-2008

SECÇÃO: Política

Negócios esquisitos na educação

Da discussão na Assembleia da Republica, visitada por sua excelência o senhor Primeiro Ministro, onde se desloca todos os 15 dias para debitar generalidades e assacar culpas à Oposição pelo permanente e vergonhoso subdesenvolvimento em que se encontra o País, como se o Partido Socialista não governasse há 3 anos e nos últimos 15 anos está no Governo há 12 anos com maiorias absolutas, sendo o único responsável pelo estado de total degradação em que se encontra Portugal, onde só prosperam os políticos, os ladrões do multibanco e da alta finança, tipo BCP e os corruptos de todas as matizes que saltam da politica para a actividade privada, e desta para a politica do poder central e das autarquias que tudo negociam com o nosso dinheiro, o dinheiro dos contribuintes, sem que prestem contas, apesar do Supremo Tribunal de Contas revelar constantemente grossos desvios de somas fabulosas que não são assumidas pelos políticos gastadores, nem responsabilizados criminalmente, enquanto as pessoas sérias são molestadas.

Tudo isto anda em roda livre, cada um saca o que quer e procura desviar sempre mais, no mais curto espaço de tempo antes que a fonte seque completamente, porque os cidadãos já foram esbulhados e nada mais têm para dar. O mais grave é que os chamados serviços que os políticos dizem prestar, acabam por ser pagos por todos, com favorecimento dos ricos. Este Governo acabou com os ATL‘s que eram emanação da Iniciativa Privada, e funcionavam a contento dos pais das crianças que os frequentavam e pagavam as excelentes prestações de serviços, funcionando o mercado como indicador do rigor, premiando aqueles que melhor garantia - custo/beneficio ofereciam. Ao acabar com estas pequenas e médias empresas, disparou o desemprego para mais umas dezenas de milhares de trabalhadores, sem que houvesse qualquer beneficio quer para as crianças, quer para os pais que a partir das 17 horas já não sabem onde deixar os filhos, assim como nas férias quando estes ATL‘s oficiais também não funcionam porque deixaram de ser genuínos.

Para além desta mistificação, todos os cidadãos que não têm filhos, ou que os mesmos estão fora destas idades, e são muitos milhares de contribuintes, têm de suportar esta mascarada de ATL‘s que foram completamente adulterados e passaram a ser geridos pela vulgata estatal, à semelhança dos regimes totalitários, sem que haja a possibilidade dos pais poderem escolher e separar o trigo do joio, porque o objectivo não é a qualidade, a excelência, mas antes manter as crianças nas Escolas das 8 da manhã às 17 horas, o que pedagogicamente é um tremendo erro, bastante denunciado pelos maiores psicólogos e pedagogos com vasta obra cientifica publicada. Não haven- do uma descontinuidade da Escola, os alunos sabem que aquilo não são Actividades dos Tempos Livres, são sobretudo mais uma disciplina chata, massadora, pouco instrutiva, nada interessante e participada de forma obrigatória, dando precisamente resultados contrários ao que se pretende.

Confrontado com questões semelhantes na Assembleia da Republica, o Primeiro Ministro limitou-se a dizer: O que vocês querem é o negócio, pondo em causa o trabalho de centenas de Associações de Pais, de Instituições Privadas de Solidariedade Social e da chamada Sociedade Civil da Iniciativa Privada, que tanto jeito dá proclamar hipocritamente, para no momento da verdade se cercear essa mesma Iniciativa, verberando das formas mais miseráveis em nome de interesses colectivos inexistentes, quando se delapida o dinheiro dos contribuintes que estão fora dos ciclos escolares e daqueles que nem filhos têm. Talvez estivesse certo, se os resultados fossem positivos para o Ensino em Portugal, o que não é verdade. Temos o pior Ensino produzido nos 27 países da União Europeia, com 9% de analfabetos que são cerca de 1 milhão de portugueses maiores de 18 anos, depois de 34 anos de pobre democracia, tendo liderado o Ministério da Educação 27 Ministros, o que prova a total falta de rumo, o navegar à vista, sem respeito pelos pais, pelas crianças, pelo saber, pela cultura, continuando a prevalecer a mediocridade, o analfabetismo cientifico, o obscurantismo e tudo aquilo que incrimina todos os Ministros que têm passado pelo Ministério da Educação que mais valia chamar-se do analfabetismo militante.

Quando o Governo evoca como única prioridade o combate ao défice, como se percebe que tirando da esfera privada actividades como ATL‘s que deram bons resultados, evitando ainda maior descalabro no Ensino, os passe para a orbita publica com maiores custos e aumentando o défice? Claro, que por trás destas politicas estão interesses obscuros de políticos que querem ocultar as suas fontes de rendimento e são eles que estão na génese de empresas municipais camufladas onde obtêm lucros fabulosos com contratos escondidos, dando a cara familiares e amigos irresponsáveis.

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