Edição de 15-05-2008
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Arquivo: Edição de 24-01-2008

SECÇÃO: Opinião

Morte lenta

Referenciada como a capital da cultura no concelho de Albufeira, Paderne está em risco de perder essa aptidão porque vão diminuindo os recursos humanos, porque os que desde há dezenas de anos vêm mantendo acesa a chama da cultura, não são substituídos por outros mais jovens. Poder-se-á dizer que a juventude não se interessa por estas coisas da cultura e do associativismo mas o que acontece é que existem poucos jovens porque há uma acentuada desertificação humana na freguesia motivada por escassez de habitações ou falta de terrenos onde seja autorizada a construção das mesmas.

A povoação sede da freguesia que nos anos 50 e 60 do século passado tinha mais de meio milhar de habitantes não tem, na actualidade, uma centena da qual mais de metade são viúvos ou idosos com mais de 60 anos.

A aldeia típica que foi vila até 1910 não passa de uma miragem para quem ao longe a vê altaneira durante o dia, e luminosa na quietude da noite.

Se não existem pessoas o comércio não tem condições para sobreviver. Os poucos estabelecimentos que se abrem, meses depois são encerrados ou trespassados para outros comerciantes sonhadores.

Naturalmente existirão razões para estas situações. Elas estão bem à vista e como tal não poderão ser escamoteadas. Poderão ser diversas mas escolhemos duas que consideramos mais importantes: 1ª – A falta de um acesso à Via do Infante pois as vias que existem não são suficientemente apelativas para visitas dos turistas ou outras ligadas ao comércio e aos serviços; 2ª – A elaboração e aprovação de um Plano de Pormenor que define espaços para a construção de habitações, na povoação, além do aumento de áreas para que tal seja possível na freguesia.

Ainda em relação à primeira hipótese e tendo como referência a ligação da EN 270 à Via do Infante, junto do campo de tiro, poderia ser criada uma zona industrial no chamado Vale de Loulé, aproveitando os terrenos que são muitos mas sem aptidão agrícola e que os seus proprietários rentabilizariam.

Boliqueime a poucos quilómetros de distância dispõe de todas as condições para um desenvolvimento harmónico e acaba de ver concretizado um desejo de muitos anos: a construção de uma zona industrial e de serviços de dimensão europeia. O Município de Loulé atento às realidades e numa perspectiva de futuro, desbloqueou dificuldades que levarão à criação de um empreendimento que ultrapassa 160 milhões de euros dos quais 40 milhões serão da responsabilidade da autarquia.

A criação de dezenas de nova empresas vão gerar mais de mil novos postos de trabalho e naturalmente mais riqueza.

Boliqueime merece estas atenções e justifica todos os esforços realizados e a realizar mas a freguesia de Paderne que está ligada àquela por laços comerciais e familiares terá de sair do marasmo e do esquecimento a que foi votada.

A cultura e a história pouco ajudarão se não existirem humanização e progresso!

Por: Arménio Aleluia Martins

Tempo de leitura: 3 m
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Comentários dos nossos leitores
Zé d'Albufeira
Gostei: Sem Opiniao ... Concordo: Sem Opiniao ...
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Passem para o município de Loulé!
 

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